compaixão

Siga adiante

Não permita que a culpa sobrecarregue seus ombros nem escureça seus caminhos. Ao perceber que sua escolha resultou em dor, para si ou para outros, e na impossibilidade de corrigir ou modificar de imediato a situação, busque a transmutação desse sentimento no amor a si e a possíveis envolvidos.

Siga adiante sem rememorar o acontecido, e se ocupe com aquilo que esteja alinhado com a alegria pura de seu coração, preservando pensamentos e ações corretas, de acordo com seus princípios, aprimorando as próprias condutas dentro do possível, para o bem comum e próprio.

Você ansiará tão profundamente pela oportunidade de compensar aquela escolha, que por força de magnetismo, mais tarde ela surgirá diante de você, seja nessa ou em outras moradas da existência. Muitas vezes, estará em plena consciência e envolta em atmosfera amorosa, outras vezes, terá esquecido de seu desejo, mas a sua alma sempre saberá.

E isso não será um processo cármico, nem uma predestinação, será apenas a manifestação da sua própria vontade em busca da expansão plena.

Porém, se ao contrário alimentar a culpa, acabará criando para si situações que representem punições, as quais muitas vezes não correspondem a uma compensação do ato realizado. Em vez disso, poderia apenas oferecer ao mundo uma real colaboração através de sua própria essência criativa, alegre e amorosa.

Mas lembre-se que a qualquer momento você pode se beneficiar de sua própria compaixão, absolvendo-se da culpa, porque pela consciência amorosa, tudo se renova.

Porque pela consciência amorosa, tudo se renova.

A.d.a

Esse texto possui uma versão narrada em vídeo

A comparação da dor

Quando utilizamos uma cena de desgraça ou sofrimento como comparação com a situação de alguém que consideramos estar reclamando sem motivos, com intuito de mostrar que este não deveria reclamar por estar em melhor situação que o exemplo utilizado, estamos cometendo duas injustiças.

A primeira, julgar o sofrimento de alguém sem lançar mão de empatia e compaixão.

A segunda, por impor a essa pessoa sofrimento ainda maior, induzindo-lhe a sentir culpa pela infelicidade de outro, sem que ela nada tenha feito que contribuísse com tal cenário.

Não há dor maior do que aquela que cada um está sentindo naquele momento. Dores não são comparáveis e, portanto, não se julgam, sendo elas físicas ou não.

Somente um olhar empático faz de nós, seres humanos, instrumentos de cura.
Não viemos para julgar, viemos para amar.

D.C.B
Imagem: Pixabay
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